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ONG: Atitude pessoal, boa-vontade e amor
*Por Lisandro Frederico
As ONGs foram criadas para ocupar os espaços deixados pela incompetência do Poder Público, que não souberam como desenvolver políticas que atendessem às demandas da sociedade.
As áreas de atuação das ONGs são as mais diferentes possíveis. Extremamente úteis, aquelas que desenvolvem um trabalho sério e responsável conseguem, efetivamente, fazer a diferença.
Na grande maioria dos casos, as pessoas que trabalham nas ONGs são voluntárias. Dedicam tempo e se esforçam sem receber nenhuma remuneração em troca. Aliás, às vezes, até tiram dinheiro do próprio bolso.
Atitude pessoal, boa-vontade e amor pela causa. É esse emaranhado de sentimentos que move os voluntários de uma ONG. Posso falar mais precisamente dos grupos que se reúnem em prol da causa animal.
Enquanto um dos fundadores e ex-presidente da ONG PAS (Projeto Adote Suzano), conheço de perto as dificuldades e as recompensas de trabalhar, incansavelmente, pelo bem estar de um ser vivo, que não consegue agradecer com palavras, mas evidencia toda a felicidade em uma atitude e um semblante.
E se a dedicação e força de vontade norteiam as ações dos voluntários das ONGs, o apoio e o aporte financeiro para as ações ainda não fazem parte da rotina destas entidades, principalmente, aquelas que atuam para salvar cães e gatos que, por estarem ali tão perto de todos nós, parece que não precisam de uma atenção especial. Contudo, somente para se ter uma ideia, apenas na cidade de São Paulo, cerca de 25 mil cães e gatos são mortos todos os anos, sejam atropelados, de fome ou doentes pelas ruas.
Gatos e cães são sem dúvida nenhuma os bichos mais queridos pelos seres humanos. Ainda assim, a falta de informação faz com que muitas pessoas se surpreendam com o comportamento deles. Filhotes de cães que destroem sofás e sapatos, fazem as necessidades fora do lugar, gatos que sobem em cima dos móveis. Comportamentos normais, mas suficientes para serem abandonados pelos donos.
Mesmo nas cidades em que o Poder Público tem atuado para proteger esses animais, o papel das ONGs é fundamental para auxiliar neste trabalho de proteção. Quando a política voltada para os animais não se preocupa com o seu bem estar, limitando-se apenas ao controle de zoonoses, ou até mesmo querendo repassar a responsabilidade, as ONGs passam a ser a única esperança de vida para milhares de bichos abandonados pelas ruas. Uma questão de saúde pública.
E como ajudar os animais se os recurso econômicos são quase nenhum? É aí que entra a solidariedade das pessoas. Sem as doações de cidadãos comuns, as ONGs morreriam e juntos com elas todas as causas defendidas.
E este status de dificuldades tem sido a tônica dos últimos meses. Com o País em crise, o nível de doações tem caído consideravelmente e as dívidas têm aumentado na mesma proporção. Mas o trabalho continua e os obstáculos serão sempre superados, ao menos no que depender dos voluntários e seus ideias. E além de doações em dinheiro, a comunidade pode contribuir adotando animais de feiras de adoção ou participando de campanhas de apadrinhamento de animais, como as que a ONG PAS realiza.
O ato de doar, não é simplesmente tirar do bolso o que está sobrando. É decidir fazer isso com o coração alegre, de saber que está cooperando com algo maior. É algo que nos deixa feliz, pelo simples fato de ajudar, sem nada em troca.
Seja um voluntário. Contribua com as ONGs.
*Lisandro Frederico é vereador de Suzano pelo PSD, o parlamentar mais novo da cidade, e um dos fundadores da ONG PAS de proteção animal.
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