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Cachorros de Suzano, são diagnosticados com leishmaniose


Vereadores Lisandro, de Suzano, e Edson da Paiol, de Itaquá, farão um trabalho de prevenção da doença no Alto Tietê

Dois cachorros que vivem na região do distrito de Palmeiras, em Suzano, foram diagnosticados com leishmaniose visceral canina. Ela foi confirmada em um consultório veterinário de Itaquaquecetuba. Os animais são do Jardim Novo Horizonte. Um dos cães precisou ser eutanasiado, devido ao estágio avançado da doença, que gerou um câncer de pele. O outro receberá tratamento. Responsável pelo diagnóstico, o veterinário Edson Rodrigues, o Edson da Paiol, que também é vereador em Itaquá, contou que os cães vivem em uma região com muitas áreas de matagal, o que pode ter facilitado a contaminação. “A leishmaniose é uma doença infectocontagiosa causada por um protozoário, conhecido como Leishmania, transmitido pela picada do mosquito flebótomo infectado, também conhecido como mosquito palha ou birigui”, explicou. “Trata-se de uma doença zoonótica e pode acometer homens e cães”, descreveu o veterinário. A doença não é transmitida de forma direta de um cão infectado para um cão sadio ou um ser humano. “A transmissão só ocorre quando o animal infectado é picado pelo mosquito. É o inseto, por meio da picada, que passa a doença”, explicou Edson. A maioria das pessoas infectadas não desenvolve a leishmaniose visceral. Mas quando não diagnosticada e tratada a tempo, ela mata em 90% dos casos. Para os cães, até 2016, não havia tratamento disponível no Brasil. Com a confirmação dos dois casos, Edson fará uma ação, em conjunto com o vereador suzanense Lisandro Frederico, de conscientização, controle e combate a leishmaniose. “Já planejava desenvolver um trabalho científico sobre esta doença no Alto Tietê, uma vez que, apesar de os casos em seres humanos estarem em queda no País, a doença deverá atingir um número cada vez maior de municípios paulistas”, revelou o veterinário.

VULNERÁVEL “É neste momento, de alerta sobre doenças zoonóticas, que percebemos a importância das políticas públicas sobre a causa animal”, afirmou Lisandro. “A Prefeitura tem ignorado as propostas de controle populacional de cães e gatos e a consequência desta postura é um município vulnerável aos diversos tipos de zoonoses”, afirmou Lisandro. Em 2016, o estado de São Paulo registrou 118 casos de leishmaniose visceral, com dez mortos. Dois casos foram em Suzano. Ano passado foram 121 casos e sete óbitos. Para se ter ideia do avanço territorial da doença, Araçatuba e Birigui, no oeste do Estado, foram as primeiras cidades a notificar casos autóctones em 1999. Em 2017, 97 municípios (15% do total) já tinham registro. Em 2016, por exemplo, ela chegou a Guarujá, a 400 km das regiões tradicionalmente endêmicas. A transmissão predominante ocorre por circunvizinhança, ou seja, um município que possui o mosquito, cães ou indivíduos infectados transmitem para a cidade vizinha. “O Alto Tietê conta com uma geografia que facilita a propagação de doenças zoonóticas, devido à proximidade”, alertou Lisandro. O vereador suzanense também destaca que, desde 2017, tem acompanhado as notificações compulsórias que envolvem zoonoses em Suzano. “Já tivemos, na cidade, casos de toxoplasmose, leptospirose e mais de 500 atendimentos antirrábicos somente no ano passado. Outras doenças com facilidade de transmissão estão sendo constantemente notificadas em municípios vizinhos, como, por exemplo, a esporotricose (micose subcutânea),” declarou. “Precisamos colocar em prática políticas públicas voltadas à causa anima, como a castração gratuita e as campanhas de posse responsável, caso contrário, continuaremos sujeitos a graves doenças como estas”, alertou Lisandro.

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