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Novo caso de negligência: Prefeitura exige que servidora da Educação, que pertence ao grupo de risco


Após o vereador Lisandro Frederico denunciar a negligência da Prefeitura de Suzano ao não oferecer o apoio necessário a uma funcionária da Central de Segurança Integrada (CSI), que estava com suspeitas de Covid-19, casos semelhantes começam a aparecer.

Uma servidora municipal da Secretaria Municipal de Educação, que preferiu não se identificar com medo de represálias, é cardiopatia grave, sofre com asma, diabetes e hipertensão e, mesmo nestas condições, está sendo obrigada a voltar a trabalhar no momento em que Suzano registra recordes de contaminação de coronavírus.

Na semana passada, os servidores municipais receberam um comunicado dizendo que deveriam reassumir as respectivas funções. Posteriormente foi enviado um outro comunicado informando como as pessoas do grupo de risco deveriam proceder para permanecer em afastamento. Lá diz quais documentos era necessário apresentar.

Na semana passada, a servidora acompanhada da família, foi até a Prefeitura, no departamento responsável pelo médico do trabalho, com exames e receitas que comprovam os problemas de saúde e, assim, a necessidade de afastamento.  O médico não quis atendê-la e justificou a negativa dizendo que ela não possuía o tal relatório médico. Assim começava a maratona da servidora.

Ela foi até o Pronto Socorro. No local informaram que não emitiam tal relatório médico para estes fins. Foi, então, até a UBS da Casa Branca e obteve a mesma resposta.

Sem saber que relatório era este, compareceu na Secretaria Municipal de Educação para expor o problema, contudo, nenhum responsável pôde atendê-la.

Ou seja, a Prefeitura exige um documento que não é fornecido por nenhum serviço de saúde do município. A servidora, uma agente escolar, com mais de 10 anos de funcionalismo, voltou ao posto mesmo com todos os riscos.

“Eu vi na página do Lisandro uma postagem de uma servidora que faleceu com suspeita de covid, me lembrei de toda esta burocracia e pensei que pode acontecer com outros. Daí resolvi escrever para vocês, para que tomem ciência dessa situação”, disse a filha da servidora.

NÃO É NOVIDADE

A denúncia feita pela filha de mais um caso de negligência com o funcionalismo público ocorre dias depois do vereador revelar que uma servidora de 61 anos, que trabalhava na Central de Segurança Integrada (CSI), não foi afastada das funções e precisou trabalhar mesmo com sintomas do Covid-19.

Segundo os relatos dos colegas, há uma semana a funcionária do CSI começou apresentar sintomas e tosses fortes, mas optou por não procurar o atendimento médico. Ela morreu na madrugada do último sábado (06/06) depois de ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que a levou ao Pronto Socorro. O óbito foi atestado como infarto, já que a servidora não tinha realizado nenhum exame até aquele momento.

Preocupados com a situação e com a possível contaminação no local, os colegas de trabalho chegaram a procurar pelo superior da área, que não afastou a servidora o. Após a morte outros dois colegas foram afastados com sintomas da doença.

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